27 de abr. de 2013

Sabor da Serra - O Restaurante


Para os que ainda não tiveram o privilégio e o prazer de saborear os mais  fantásticos pratos da cozinha do restaurante Sabor da Serra, sugerimos  alguns itens do cardápio. Aberto ao público, de segunda à quinta-feira, para almoço e jantar e sexta-feira no almoço, servimos pratos executivos a partir de R$ 10,90 (isso, mesmo!), com cardápio composto, desde brochetes de frango e filé minhon, passando pelos grelhados de peixe, carne e peito de frango. Também oferecemos strogonofs parmegianos. Este cardápio finaliza com camarões, que podem ser servidos com massas à sua escolha e molhos variados.
Na sexta-feira no jantar temos um delicioso buffet de massas, onde o cliente pode montar seu próprio prato. Para isso, oferecemos três tipos de molhos principais que são: molho bechamel, molho sugo e molho demi-glasse; Quatro tipos de massas (no minimo), e mais de trinta itens para o acompanhamento, como por exemplo: iscas de  salmão, camarões, aspargos, palmito, filé mignhon, bacon pimentões coloridos, temperos secos e etc.
No sábado, para o almoço, temos um espetacular e irresistível buffet regional, com bode guisado, galinha de capoeira, carne de sol, queijo coalho, paçoca de carne de sol, escondidinho de calabresa e muito mais, da nossa culinária nordestina-paraibana.
Para o jantar do sábado e almoço do domingo oferecemos, além da cozinha regional, temos (para quem gosta de comer bem), uma
suculenta posta de bacalhau, servida com verduras e legumes regados no azeite, acompanhado de arroz com brócolis. Também temos: muqueca mista de peixe-tilápia, camarão com pirão de peixe e arroz branco.
Além do nosso restaurante, Sabor da Serra, contamos também, com um gostoso e  aconchegante piano bar, onde você pode se deliciar com apetitosos
petiscos que vão, desde, o queijo de coalho com ervas, até o tradicional camarão ao alho e óleo.
E, para acompanhar tudo isso, o restaurante Sabor da Serra, dispõe de moderníssima adega climatizada, com mais de noventa rótulos de vinhos, na sua composição, onde podemos encontrar desde vinhos brasileiros, como o Marco Luigi, além dos bons vinhos portugueses como, por exemplo: um Quinta da Bacalhoa. Do Chile, nos temos, o Medalla Real entre muitos outros. E pra quem gosta de vinhos da uva Shiraz sugerimos um Heartland Shiraz proveniente da Austrália.
Agora, é só reunir a família, para um saboroso jantar, em clima romântico, ao som de um piano suave, com um repertório musical, universal.
Bom apetite!

25 de abr. de 2013

Fatos, Lendas e Tradições, Fazem a História de Bananeiras


Matriz da N.Senhora do Livramento - Bananeiras-PB    ©Guy Joseph
















Contar a história das origens da cidade de Bananeiras, nunca é demais. Ainda mais, agora, quando lançamos este primeiro número da revista Folha de Bananeiras. 
Bananeiras foi colonizada, segundo dizem os historiadores,  na segunda década do Século XVII. Zacarias de Melo e Domingos Vieira, aqui chegaram, procedentes da Vila de Monte-Mor (atual Rio Tinto), como  os primeiros desbravadores, que  reclamaram sesmarias na região, já no ano de 1716, escolhendo terras próximo  de uma lagoa, no fundo de um vale. Ali, havia abundância  de bananeiras rústicas. Daí a origem do nome Bananeiras, que passou a denominar o município. Esta versão histórica, até hoje é aceita pelos estudiosos, como o relato mais fiel da fundação do município. Há um episódio  romântico, relacionado a história da fundação de Bananeiras. Segundo contam, Gregório da Costa Soares, um caçador saiu com alguns companheiros de um acampamento em Sucurú da Serra do Cuité e conseguiu... leia a materia completa na edição impressa em junho/2013 




14 de abr. de 2013

Feijão Guandú

Tendo nascido na Capital, eu conheci o Feijão Guandu, quando tinha cerca de dez anos de idade. Acontece que, um empregado da casa de meu pai, plantou sementes de Guandu no nosso quintal e passamos a colher e consumir a deliciosa leguminosa. De lá pra cá, nunca mais tinha tido notícias do Guandu. Agora, residindo em Bananeiras, re-encontrei o feijão, que não faz lá muito sucesso entre a população. A má querência em relação ao Guandu se dá, pela forma errada com que as pessoas fazem o cozimento do feijãozinho. O amargor (de que a maioria das pessoas se queixa), se deve ao fato de que o feijão Guandu (assim como a fava), deve ser cozido em água e sal e logo em seguida, a água (que fica amarga), desse cozimento deve ser jogada fora. Na segunda fervura, aí sim, entram os temperos preferidos. O Guandu não deve ser servido com muito caldo e deve ser acompanhado de arroz, costelinhas de porco e farofa. Existem, ainda, inúmeras outras formas de servir o feijão Guandu, como por exemplo em saladas frias ou à moda do feijão Tropeiro.
O feijão Guandu pertence à família das leguminosas, sendo uma das culturas mais antigas no mundo, sendo considerada em quinto lugar na ordem de importância entre as leguminosas no mundo. Segundo alguns autores é originária da África, para outros, seria originária da Índia e teria chegado há milênios à África, onde diversas variedades são cultivadas. Deste modo chegaram na América através do trafico de escravos. Atualmente é cultivado em todas as áreas tropicais, sub-tropicais e temperadas, como a parte norte do estado da Carolina - USA.
O Guandu é uma rica fonte de nutrientes para a alimentação humana. O uso mais comum na Índia e outros países do Oriente, é uma forma de "dhal", que consiste em retirar a pele das sementes secas e parti-las pela metade. Com este processo, as sementes podem ser guardadas por mais tempo, sua digestibilidade melhora, além de ter um perfil de aminoácidos semelhante aos da soja. Em países da America Central, as sementes verdes são usadas substituindo as ervilhas e enlatadas em forma de conserva. No Brasil o guandu é muito pouco utilizado. Em muitas áreas rurais, é considerado alimento de pobre, usado em substituição ao feijão, nos casos de extrema necessidade. É uma pena, pois pela sua riqueza em nutrientes, sua resistência a secas e a possibilidade de produzir várias safras, é uma cultura que deveria ser plantada em todas as propriedades rurais do país.
O preconceito relativo ao Guandú, tem suas origens em equívocos da nossa cultura culinária. O mesmo preconceito, da classe mais abastada, que já considerou a feijoada, a fava e o bacalhau, como comida da "ralé".



Guandu Com Carne de Porco

Existem inúmeras formas de preparar e servir o feijão Guandu. Uma delas, é o Guandu com carne de porco. Confira: debulhar o feijão e levar ao fogo para ferver; Em outra panela ferver a mesma quantidade de água; Quando as duas águas estiverem fervendo escorrer o feijão e juntar a água da outra panela. A primeira água em que o Guandu ferveu ficou amarga e por isso não serve mais. Deixar em fogo brando até cozinhar. O feijão Guandu, fresco, cozinha rapidinho. Quando puser a segunda água pode juntar, também, ½ quilo de carne de porco defumada, a qual, se deve dar uma fervura à parte. Se não quiser juntar a carne de porco, deixar cozinhar sozinho. Momentos antes de servir, quebrar uns ovos dentro. Estes serão tantos quantos forem as pessoas. O feijão Guandu não deve ficar com muito caldo.

Maestro de Bananeiras Constrói Instrumentos de Sopro Reciclando Sucatas


Wellington Farias*

Com mais de trinta anos dedicados à música, o maestro e comunicador Batista de Andrade – trompetista dos bons - lançou-se ao desafio de aproveitar cacarecos para construir instrumentos musicais. O resultado são peças de comprovada funcionalidade mecânica, boa sonoridade, e que chamam a atenção, sobretudo, pelo caráter exótico e cores berrantes.
A “jóia” que melhor incorpora o estilo personificado da peças totalmente fora dos padrões estéticos dos instrumentos de sopro foi batizada de “Bapisfone”, a mistura de Batista-piston-saxofone. O formato faz lembrar o estranho trumpet de Dizzy Gillespie, um dos precursores do movimento bebop no jazz moderno. Com um detalhe: além de mais radical em suas formas, tem a campânula inclinada para trás - e não para frente como o do lendário jazzista norte-americano. E ainda requer a correia semelhante à do sax.
Outra peça não menos curiosa da lavra de Batista tem forma de satélite. Por isso mesmo ganhou essa denominação. É um belo instrumento artesanal com pistões cobertos com botões prateados transplantados de um blazer, bem trabalhado em sua superfície de alto relevo e soldado numa bucha de alternador de carro.
Batista de Andrade ostenta com notório orgulho as peças que constrói à base de sucata, imaginação, esmero e paciência. Ele é um curioso forçado pela carência do local nesse ramo de atividade a consertar instrumentos. “Vi que as pessoas ‘customizam’ roupas e até carros, resolvi customizar de forma diferente”, explicou o músico de 44 anos, natural de Bananeiras, no Brejo da Paraíba, onde mora com a família.
O despertar para a onda de “customização” nasceu da necessidade de aproveitar a sucata sonora que iria para o lixo. “Comecei a juntar peças, montar e testar a afinação; vi que podia construir instrumentos com pedaços de outros”, contou. Mas não é tão fácil quanto parece: o resultado tem que ser um instrumento cômodo, equilibrado, bem afinado e esteticamente fora dos padrões convencionais, para adquirir um “Q” de diferente.
Apesar dos resultados surpreendentes, a fabricação de instrumentos exóticos ainda está em fase experimental. O designe é imaginado pelo próprio Batista. A maioria das peças é sucata de instrumentos e outras ele manda fazer segundo a sua própria concepção. O processo de afinação é demorado e exige vários ajustes no tamanho da tubulação e inclinação da campânula.
Na oficina do novo artesão bananeirense já começa a tomar forma um trombone, o primeiro do gênero fabricado a partir de sucatas, enquanto uma nova idéia “matuta” na cabeça do maestro: reaproveitar instrumentos inúteis para ornamentação. A primeira “vítima” tende a ser um surrado – mas elegante - saxofone que já animou muitas festas. “Penso em serrá-lo ao meio e fazer uma peça ornamental”, revelou.


Batista e seus instrumentos ©Guy Joseph
O maestro, a comunicação e a arte

Nascido dois meses após o Brasil ter sido arrebatado por um golpe militar (em 1964), Pedro Batista de Andrade é uma espécie de canivete suíço no campo das artes, do lazer e da comunicação. E na política também. É músico dos bons, produtor cultural, esportista, radialista (comunicador e repórter) e já foi vereador na sua terra natal.
O seu potencial de comunicador foi descoberto por Roberto Carlos de Oliveira, um ícone da radiofonia paraibana por trás dos microfones, já falecido: Batista fora levado à Rádio Tabajara – ainda na Avenida João Machado, em João Pessoa - para fazer um estágio de operador de áudio. Ao final, Roberto sentenciou: “O seu lugar é do outro lado, no microfone”. Na mosca: Batista iniciou uma carreira e consagrou-se um dos radialistas mais importantes do Brejo da Paraíba.
Atualmente ele acumula (com outras atividades) a Direção de Programação da Rádio Rural de Guarabira. Já fez incursões por outras emissoras, dentre elas a Cultura (também de Guarabira) e a Integração do Brejo, esta de sua cidade natal, onde foi de jornalista a animador de programa, passando por forrozeiro.
A vida de Batista está umbilicalmente atrelada à música. Foi através dela que ele, ainda menino, reintegrou-se à sociedade, depois de praticamente perambular pelas ruas após a morte do seu pai adotivo. “O mundo desmoronou sobre mim: também se foram o teto, o afeto e o pão”, conta o criador da “Lira dos Artistas”, uma banda filarmônica de Bananeiras fundada em 1997, que anda cambaleando entre a falta de apoio do Poder Público e os salários dos músicos atrasados.
Compositor e autor de dobrados, o maestro foi adotado aos quatro meses por Eduardo Andrade Neves, um viúvo que dividia a casa com Maria Narciso, uma espécie de governanta. A mãe natural, Severina Batista, ele só conheceu dezoito anos atrás e faltando dois dias para ela morrer num leito do Hospital Newton Lacerda, em João Pessoa.
Batista tem dez irmãos, dentre os quais cinco mulheres. Apenas duas não se prostituiram. Ele conheceu nove dos irmãos e falta conhecer apenas um. “Os meninos se marginalizaram”, conta com indisfarçável tristeza. Ele só veio saber quem era o pai biológico quando este já tinha morrido. Conheceram-se e se cruzaram reiteradas vezes, mas não imaginavam que havia qualquer grau de parentesco entre ambos. No leito de morte, aos 47 anos, a mãe lhe confessou haver dado para adoção por falta de condições de criá-lo.
Quando aos treze anos Batista de Andrade ainda trilhava caminhos tortuosos de semi-abandono, o maestro José Pereira, de Serra Redonda, na Paraíba, instalou em Bananeiras uma escola de música. Batista, que no gosto do pai adotivo deveria ter sido médico, matriculou-se para ser ritmista. Com o tempo, entusiasmou-se pelo trompete. Só a partir daí a sua vida tomou um rumo promissor. Hoje, além de um profissional versátil muito bem conceituado, é casado, tem uma família muito bem estruturada e um padrão de vida dos melhores da cidade de Bananeiras.


Wellington Farias entrevista Batista - ©Guy Joseph

*Esta reportagem foi publicada na capa do Segundo Caderno do jornal CORREIO da Paraíba, edição de domingo (11/01/09)
Wellington Farias, com fotos de Guy Joseph
 

Pelo Horário de Brasília - Jessyele Soares



Novos Tempos Novos Hábitos - Revisar


A cidade de Bananeiras, está vivendo um importante momento em sua história, além de vir conquistando uma rápida mudança em seus hábitos sociais. A paz e o sossego, são características marcantes da Cidade, o que serve para atrair visitantes em busca de descanso e lazer. Antes, o visitante não tinha opção em relação à hospedagem e à alimentação, pois a Cidade não oferecia instalações, que atendessem ao padrão de exigência e de qualidade, esperados por todos os que viajam, a negócios ou turismo.
Com a instalação do Serra Golfe Hotel e seu restaurante, Sabor da Serra, essa lacuna foi preenchida, fazendo com que a afluência de visitas venha aumentando.
Independente do fluxo turístico, a sociedade local, também, vem descobrindo a oportunidade de experimentar um novo modo de lazer, qual seja, frequentar o Hotel e apreciar as inúmeras opções da gastronomia do restaurante, Sabor da Serra. Comer e beber, com o tempero da qualidade, vem se tornando, cada vez mais, um excelente programa para as noites de Bananeiras. Neste fim de semana, por exemplo, além dos grande número de hóspedes do Hotel, podiam ser encontradas personalidades, conhecidas da Cidade, em confraternização gastronômica.
Um bom exemplo, era o do cidadão português, Rafael Moita e sua esposa Filomena, que recepcionavam um casal de visitantes, ocupando uma das mesas do Café Italiano, no piso superior. Enquanto saboreava os petiscos oferecidos pelo restaurante, acompanhado por vinhos originários de Portugal, pertencentes à Adega do Hotel. Rafael Moita, foi um dos proprietários do inesquecível restaurante português, Gambrinus, que fez história na gastronomia da orla de Tambaú, na Capital da Paraíba.
 
No mesmo local, o bem sucedido empresário, Alírio Trindade, liderava outra mesa, composta por pessoas animadas, que vieram curtir o fim de semana e o clima frio da cidade de Bananeiras. Em todas as mesas, se podia sentir o clima de satisfação, ao experimentar os mais variados sabores oferecidos pela cozinha do Serra Golfe Hotel.
Este grupo animado, que ocupava mesas do restaurante Sabor da Serra, é um bom exemplo, de pessoas em busca de diversão e que sabem fazer uma boa escolha. Depois de um saboroso jantar, o grupo foi dar uma esticada no Café Italiano, para ouvir música de piano. Um dos componentes do grupo, visto ao fundo, de camisa listada, mostrou o seu grande talento, em uma aplaudida performance, composta por músicas românticas, dedilhadas ao 
piano da casa e atendendo as solicitações musicais dos demais integrantes do grupo.
No flagrante, podemos ver o casal/empresário, Ivete Pinheiro e Paulo Edno, que resolveram curtir a noite, em um jantar, a base de bacalhau, regado a um excelente vinho branco português, na companhia de casais amigos. Da seleta mesa, faziam parte, o casal George e Kelma, com a filhinha Mirella; O fotógrafo Guy Joseph e Maria Helena, acompanhados da filha, Luíza Helena.

A foto da esquerda, registra um dos momentos de descontração e alegria, vividos pelo simpático casal, George e Kelma, com a filha Mirella. George é o atual gerente da Caixa Econômica, de Bananeiras e já se integrou, perfeitamente, ao ambiente social da Cidade. A taça erguida em brinde, traduz a personalidade amiga, de George, Kelma e Mirella.
Pela satisfação da companhia, do papo agradável dos amigos, o casal George e Kelma, manifestaram o desejo de repetir estes gostosos encontros, sociais, com muito mais frequência.
  

Plano geral do interior do restaurante Sabor da Serra, podendo-se ter uma visão abrangente das mesas, quando os comensais se dedicavam à escolha do cardápio. No primeiro plano, á direita, Paulo Edno. Da esquerda para a direita, George e Kelma, Ivete Pinheiro, Maria Helena, Mirella e Luíza Helena.
                                          
Maria Helena e Luíza, empenhadas em conferir as variadas opções culinárias do rico cardápio, do restaurante, Sabor da Serra. Ao final, todos, foram unânimes em optar pelo excelente bacalhau existente no
buffé, onde cada um se serviu à vontade

 
 As pessoasamigas, terminam por se encontrar nos ambientes sociais de uma cidade. No restaurante Sabor da Terra, não acontece diferente: o gerente da Caixa Econômica, George, encontra um casal amigo, também funcionários da Caixa, da Capital da Paraíba.O casal Neide e Giovani se encontravam jantando, quando foram avistados, por Geoge, que foi ao encontro dos dois, para abraça-los. No registro fotográfico, Neide, George, Giovani e Mirian Trindade. Mirian, vem se empenhando, para tornar o Serra Golfe Apart Hotel, no point da cidade de Bananeiras. Não temos dúvida, que isso já está acontecendo.
Não poderíamos deixar de registrar a presença, no Serra Golfe Apart Hotel, do casal Candeia. Êle, prestigiado médico e ex-deputado estadual, residente na Capital. Carlos Candeia e Aparecida, curtiram a noite e esticaram no Café Italiano, ouvindo a música do piano, existente no agradável recinto do Café.                               

Para encerrar a  agradável noite,  com chave de ouro, algumas das pessoas resolveram esticar ouvindo música de piano, no Café Italiano, localizado no piso superior. No flagrante, um dos componentes de um animado grupo, assumiu o piano e deleitou a todos com sua performance, ao teclado. Do piano, os acordes das músicas românticas enchiam o salão do Café. Intencionalmente, o piano atual, foi colocado, no mesmo local, no salão, onde existiu, nos anos vinte, do século passado, o piano da família Medeiros. Tal curiosidade, pode ser comprovada, através de fotografia restaurada, que se encontra no painel, que conta a história da evolução do trabalho de restauração e transformação do antigo Casarão dos Medeiros, no moderno Serra Golfe Apart Hotel. 

Memória

Na região conhecida como Goiamunduba, que em tupi Guarani, quer dize lugar de muita Goiaba, próximo à Lagoa do Matias, podemos nos deparar com as interessantes ruínas de uma antiga Casa-Grande, que fazia parte do complexo de um extinto engenho de cana-de-açúcar. Segundo relatos, o Engenho Cascavel, produzia uma cachaça bastante forte, que tinha os seus apreciadores e que levava o mesmo nome do engenho. A cachaça Cascavel, teve sua produção interrompida, com a desativação do engenho, por durante muitos anos. Recentemente, herdeiros do Engenho Cascavel, estão envidando esforços para voltar a produzir a cachaça Cascavel. A produção e engarrafamento está sendo feita no município de Borborema, próximo à Bananeiras.
Essa foto foi realizada em 23 de novembro de 2005. De lá prá cá, a situação do histórico prédio, piorou muito, hoje, só restando parte da parede que faz parte da fachada da Casa Grande. Não sabemos se há algum projeto, para restaurar o que é, parte importante da história de Bananeiras.

7 de abr. de 2013

João Melchíades - O Cantor da Borborema e o Pavão Mysterioso


João Melchíades Ferreira, conhecido em sua época como, o Cantor da Borborema, nasceu em Bananeiras-PB no dia 07 de setembro de 1869 e faleceu no dia 10 dezembro de 1933. Sentou praça no exército aos 19 anos de idade, na época da monarquia, sendo promovido a sargento após a sanguinária Guerra de Canudos, onde combateu. Em 1897 casou-se com Senhorinha Melchíades, com quem teve quatro filhos.Afirmam pesquisadores autorizados que o Pavão Misterioso publicado por João Melchíades era na verdade um "plágio" ou "recriação" da obra criada por José Camelo de Melo. O que pouca gente sabe, é que Melchíades nasceu na cidade de Bananeiras-PB, no dia 7 de setembro de 1869, vindo a falecer na Capital da Paraíba, no dia 10 de dezembro de 1933.Conta-se que o cantador Romano Elias, saiu da oficina do criador José Camelo de Melo - um poeta que "cantou, mas não teve sorte" como ele próprio afirma no final de um romance de sua autoria - levando a história do Pavão, que terminou indo parar nas mãos de Melchíades. O fato é que João Melchíades é o autor do primeiro folheto sobre Antônio Conselheiro e de mais de 20 folhetos, dos quais destacamos os seguintes: COMBATE DE JOSÉ COLATINO COM CARRANCA DO PIAUÍ, HISTÓRIA DE JUVENAL E LEOPOLDINA, AS QUATRO ÓRFÃS DE PORTUGAL, ROLDÃO NO LEÃO DE OURO, HISTÓRIA DO VALENTE ZÉ GARCIA, A GUERRA DE CANUDOS, PELEJA DE JOÃO MELQUÍADES COM JOAQUIM JAQUEIRA, CAZUZA SÁTIRO, O MATADOR DE ONÇAS e DESAFIO DE JOÃO MELCHÍADES COM CLAUDINO ROSEIRA, dentre muitos outros. O que se diz, é que Camelo já havia composto a história do Pavão, mas não a havia publicado, limitando-se apenas a cantá-la em suas apresentações. Melchíades, de posse de uma cópia do poema e aproveitando-se da ausência de Camelo, reescreveu o tema e o publicou. Uma versão deste episódio, atribuída ao poeta Joaquim Batista de Sena, (admirador da obra de Camelo e seu amigo), dá conta de que na época em que o "Pavão" foi publicado, José Camelo teve que deixar a Paraíba para refugiar-se no interior do Rio Grande do Norte devido uma situação complicada. José Camelo de Melo era, além de grande poeta, um exímio xilógrafo, dado que vem a ser confirmado por Átila de Almeida e José Alves Sobrinho em seu Dicionário Biobibliográfico dos Repentistas e Poetas de Bancada. Como tal, teve seu trabalho de xilógrafo requisitado por donos de alambiques para falsificar selos e burlar a fiscalização da Fazenda paraibana. A atividade ilícita veio a ser descoberta e José Camelo fugiu de seu estado natal temendo ser preso. Teria sido justamente nesse período que o cantador Romano Elias, de posse de uma cópia do poema, o teria apresentado a João Melchíades que reescreveria o tema e o publicaria em seguida.É inadmissível a afirmativa de que João Melchíades teria simplesmente usurpado a autoria da obra. No mínimo, ele reescreveu a história do Pavão, fazendo sensíveis modificações em sua estrutura, o que achamos mais provável, haja visto um depoimento de Maria de Jesus Silva Diniz, filha de José Bernardo da Silva, onde a mesma assegura que o Pavão de José Camelo teria 40 páginas, enquanto a versão de Melchíades, que ela publicava em sua tipografia, tem apenas 32 páginas, tratando-se evidentemente de uma versão mais resumida. O poeta Expedito Sebastião da Silva, chefe gráfico da Lira Nordestina, ainda teria mais um dado a acrescentar. Segundo ele, José Camelo de Melo ficou revoltado porque o público tinha grande preferência pela versão de Melchíades, o que o levou a destruir os seus originais. Detalhe, na versão de José Camelo de Melo, publicada após a de Melchíades, Evangelista, o personagem central da trama, destrói o Pavão Misterioso a pedido do engenheiro Edmundo, inventor do aeroplano.Fica, aqui, a sugestão do editor: a cidade de Bananeiras poderia render homenagem póstuma ao Pavão Misterioso e ao seu Autor. No mínimo, seria mais um atrativo cultural, para enriquecer a curiosidade sobre as coisas da Cidade.


Folha de Bananeiras - Revista